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Um olhar amoroso sobre o suicídio

Eu havia entrado na faculdade de Medicina da USP e estava muito feliz por isso. E, […]

28/09/2023

Eu havia entrado na faculdade de Medicina da USP e estava muito feliz por isso.

E, logo no início, uma série de discussões sobre suicídio entre alunos de faculdades de medicina e entre médicos acendeu um alerta.  Um aumento do número de casos motivou as reflexões e confesso que foi a primeira vez que estudei o assunto.

Já há alguns anos o mês de setembro foi escolhido para chamar a atenção da sociedade para esse problema que é individual e coletivo ao mesmo tempo; ainda cercado por tabus, preconceitos e muito, mas muito sofrimento.

A OMS aponta que entre 700 e 800 mil pessoas cometem suicídio todos os anos. Para cada morte, estima-se que existem 25 pessoas que tentam. As mulheres tentam mais; os homens realmente se matam mais.

🌻Entre jovens de 15 a 29 anos é a quarta causa mais comum de morte, perdendo apenas para acidentes de trânsito, tuberculose e violência interpessoal. Assustador, não é?

Existe uma tendência a diminuição de sua incidência no mundo, mas na América Latina ocorre o inverso.

E no Brasil?🤔

– Aumento das taxas nos últimos 10 anos

– Maior risco entre adultos jovens

– 80% dos casos ocorrem na própria residência

– As causas mais comuns são envenenamento e armas de fogo

– Em 80% dos casos existe um transtorno mental subjacente, principalmente depressão uni ou bipolar, abuso de drogas e/ou medicamentos psicoativos e esquizofrenia.

Frente a esses dados, a OMS instituiu um programa chamado Live Life, que tem diretrizes simples para evitar o suicídio.

1️. Limitar o acesso aos métodos mais comuns, que são pesticidas e armas de fogo.

2️. Educar a mídia sobre cobertura RESPONSÁVEL do suicídio.

3️. Promover habilidades socioemocionais para a vida entre crianças e jovens.

4️. Identificação precoce, avaliação,  gestão e acompanhamento de qualquer pessoa que apresente comportamento suicidas.

✨É um tema difícil, mas é fundamental falar sobre isso. Informação adequada  e atenção a mudanças de comportamento e a sinais de sofrimento psíquico podem realmente salvar vidas.

Gostaria de indicar o site do Conselho Federal de Medicina, CFM, que tem muito conteúdo relevante e de uso prático, como cartilhas, banners, informações para pais e educadores.

Autora:

Dra. Luciene Barduco

https://www.instagram.com/lulubarduco/